O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta quarta-feira (12) que a meta do governo, de adição de 5% de biodiesel ao diesel, pode ser antecipada. O cronograma inicial previa a adição em 2012. O ministro disse, no entanto, que é um desafio para o Brasil encontrar matérias-primas que permitam o incremento da produção de biodiesel.

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Ele ressaltou que a alta dos preços da soja no mercado externo inviabilizou a produção do combustível a partir da oleaginosa. Exemplificou dizendo que um hectare de cana-de-açúcar permite produzir 12 mil litros de álcool, enquanto o rendimento do biodiesel na mesma área é muito inferior.

No caso da mamona, o rendimento é de mil litros por hectare e, o dendê, que é a matéria-prima mais viável para a produção de biodiesel, tem rendimento de até 6 mil litros por hectare. O problema dessa matéria-prima, segundo o ministro, é que ela só se adapta em algumas regiões do País, principalmente na Amazônia. Na Bahia, as plantas de dendê têm acidez acima do desejado para a produção de biodiesel.

Ele também citou como outra planta "promissora" o pinhão manso. Ele disse que há 12 variedades de pinhão manso no Brasil, mas que elas não são "domesticadas", por isso a produção em escala comercial depende de pesquisas que podem levar de cinco a dez anos.

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