São Paulo é pelo nono mês consecutivo a cidade com a cesta básica mais cara do País, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado hoje. O preço dos 13 alimentos essenciais que compõem a cesta da capital paulista chegou a R$ 273,48 em junho, com alta de 0,18% em relação a maio. Esse valor representa alta acumulada de 3,14% no primeiro semestre de 2011 e de 9,80% no período de 12 meses. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica realizou a sondagem em 17 capitais.
Os preços da capital paulista foram puxados em junho por cinco produtos: tomate (8,68%), manteiga (4,97%), café em pó (2,39%), farinha de trigo (2,21%) e leite in natura integral (1,67%). Esses aumentos superaram a queda de preços de sete itens: batata (-13,57%), banana nanica (-2,89%), arroz agulhinha (-2,22%), óleo de soja (-0,71%), carne bovina de primeira (-0,70%), feijão carioquinha (-0,60%) e pão francês (-0,29%). O açúcar refinado permaneceu estável.
De acordo com o Dieese, só o arroz, a batata e o feijão tiveram deflação nos últimos 12 meses. Recuaram, respectivamente, 15,38%, 21,75% e 22,37%. No período, a maior alta foi verificada no preço do tomate (35,86%).
Além de São Paulo, apenas Porto Alegre registrou preço da cesta básica acima dos R$ 270. Na capital gaúcha, o gasto em junho atingiu R$ 272,24. A cidade é seguida por Florianópolis (R$ 266,44), Rio de Janeiro (R$ 256,91), Vitória (R$ 256,14), Manaus (R$ 250,30), Belo Horizonte (R$ 248,06), Curitiba (R$ 247,03), Brasília (R$ 246,10), Belém (R$ 232,63), Goiânia (R$ 232,58) e Natal (R$ 230,97).
Os menores preços foram encontrados em Aracaju (R$ 183,24), Salvador (R$ 204,69), João Pessoa (R$ 206,22), Recife (R$ 213,64) e Fortaleza (R$ 225,94).