Embora São Paulo tenha registrado uma retração na indústria menor do que a da média nacional em fevereiro, a queda de 0,5% na produção do Estado ainda teve a segunda maior contribuição para o recuo de 2,5% registrado no País em relação a janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Muito do impacto negativo de São Paulo vem da importância do Estado na estrutura industrial do País. A queda abaixo da verificada no total nacional não impede que São Paulo tenha o segundo maior impacto para o recuo na indústria”, explicou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. A maior influência sobre o total da indústria na passagem de janeiro para fevereiro foi de Minas Gerais, que recuou 11,1% no período.
Macedo lembrou que a indústria paulista vinha de dois meses de resultados positivos, quando acumulou uma expansão de 2,3% na produção. Em fevereiro, as atividades que mais pressionaram a média nacional para baixo também prejudicaram a produção de São Paulo, com destaque para veículos automotores, setor farmacêutico, refino de petróleo, bebidas e alimentos.
“Por outro lado, os setores que estavam bem no total nacional ajudaram a tornar a queda mais moderada: máquinas, aparelhos e materiais elétricos; máquinas e equipamentos; e outros equipamentos de transporte, mais especificamente os aviões”, citou Macedo.
Dentro da indústria paulista, a atividade de veículos automotores tem um peso de 12%; máquinas, aparelhos e materiais elétricos respondem por 5%; máquinas e equipamentos, por 9%; farmacêutica, por 8%; alimentos, por 9%; refino de petróleo, por 7%; bebidas, por 2%; e outros equipamentos de transporte, por 5%.
No acumulado de 2013, São Paulo ainda registra expansão de 2,2%, dessa vez o principal impacto positivo sobre o total nacional (1,1%). Houve destaque para a maior produção de aviões, refino de petróleo, caminhão-trator, caminhão, telefone celular, transmissores e bens de capital para os setores elétrico e industrial.
“São Paulo aparece com o principal avanço no ano, mas repare que o porcentual de produtos com crescimento fica abaixo da metade”, notou o gerente do IBGE. Em 2013, apenas 48% dos produtos investigados pela pesquisa em São Paulo registraram aumento de produção.