A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou ontem o rating global do Estado do Rio de Janeiro de CCC- para SD. A nota na escala nacional também caiu de brCCC- para SD.
A sigla indica “calote seletivo” e expressa o atraso do pagamento de uma dívida de US$ 46 milhões entre o Rio de Janeiro e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Como o contrato não cita um período de carência, a S&P adotou critério próprio para considerar o calote seletivo. A agência dá um prazo de cinco dias úteis para que a dívida seja saldada. Passado esse período, decide pelo rebaixamento do rating.
“Caso o Estado quite essa dívida, poderemos elevar o rating, desde que não haja atraso do pagamento de outras dívidas e dependendo da nossa avaliação sobre o perfil geral de crédito do Rio”, diz a nota da S&P.
Na quinta-feira da semana passada, 15, a Fitch anunciou o segundo rebaixamento do rating do Estado neste ano, passando de A- para BB-, considerado mau pagador. Em maio, a nota de crédito nacional já tinha sido rebaixada de A para A-.
A agência informou que a medida foi tomada porque o Rio não havia cumprido obrigações no período entre maio e setembro, e teria débitos superiores a US$ 160 milhões em títulos.
“A nota também reflete níveis excepcionalmente altos de risco de crédito. A Fitch não espera que o Rio tenha capacidade financeira ou fiscal de honrar as dívidas que vencem no quarto trimestre de 2016”, avaliou a agência, em comunicado.