Vale
A agência de classificação de risco S&P Global reafirmou o rating de longo prazo e em escala global da Vale em BBB-, com perspectiva positiva. “Isso ocorre porque acreditamos que existe ao menos uma chance única de elevação na nota, mesmo com a avaliação de transferência e conversibilidade (T&C) do Brasil em BB+”, disse a S&P.
A avaliação de T&C reflete a visão da S&P sobre a probabilidade de um governo soberano restringir o acesso de um não soberano à moeda estrangeira necessária para satisfazer as obrigações do serviço de dívida.
Para a agência, a receita da Vale fora do Brasil provavelmente continuará crescendo, potencialmente em um valor superior a 35% da receita consolidada. “Isso, em nossa opinião, poderia justificar notas duas vezes acima do T&C do Brasil”, disse a S&P.
Embraer
A S&P Global também reafirmou o rating BBB da Embraer e manteve a perspectiva negativa da nota, apesar do rebaixamento da nota soberana do Brasil na quinta-feira, 11.
De acordo com a S&P, a manutenção da nota ocorre porque se espera “que as instalações internacionais se tornem mais relevantes para a geração de fluxo de caixa do grupo”.
A S&P ponderou, no entanto, que a perspectiva negativa reflete a visão de que é necessário acompanhar “a força e a estabilidade da contribuição da receita dos ativos externos ao longo do tempo”.
Ambev
A S&P Global rebaixou de BBB+ para BBB o rating em moeda estrangeira da AmBev e alterou a perspectiva da nota de negativa para estável.
O rebaixamento da AmBev, que ainda se mantém em grau de investimento pela S&P, ocorre na sequência do downgrade da nota soberana do Brasil. O rating do País passou de BB para BB- e a perspectiva passou de negativa para estável.
Eletrobras
A S&P Global rebaixou o rating de longo prazo e em escala global da Eletrobras de BB para BB- e alterou a perspectiva de negativa para estável.
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 12, a agência comentou que a nota de empresas como a Eletrobras e a Itaipu Binacional “refletem o rating soberano do Brasil”, que foi rebaixado de BB para BB- na noite de quinta-feira, 11. “Consideramos a probabilidade de o governo brasileiro oferecer apoio extraordinário oportuno e suficiente quase certo para a Eletrobras e extremamente alto para a Itaipu Binacional. Portanto, as classificações das duas companhias refletem o rating Brasil”, afirmou a S&P.
Entre outras companhias de energia, a S&P manteve inalterado o rating em escala nacional da CPFL Energia em brAA- e alterou a perspectiva de negativa para estável. Além disso, a agência rebaixou a nota da EDP Energias do Brasil de BB para BB- e alterou a perspectiva de negativa para estável.
Sabesp e Cesp
A S&P Global rebaixou os ratings de longo prazo e em escala global da Sabesp e da Cesp de BB para BB- e alterou as perspectivas de estável para negativa.
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, a S&P comentou que o corte na nota soberana do Brasil de BB para BB-, realizado na quinta-feira, também alterou o rating do Estado de São Paulo de BB para BB-. “Como resultado, estamos atualizando as mesmas ações de rating na Sabesp e na CESP, empresas de serviços públicos controladas pelo Estado de São Paulo.”
BRF, Fibria, Gerdau, Klabin, Natura e Suzano
A S&P Global manteve os ratings em moeda estrangeira de BRF, Fibria, Gerdau, Klabin, Natura e Suzano, apesar do rebaixamento da nota soberana do Brasil na véspera de BB para BB-.
Abaixo, a lista de ratings dessas companhias:
– BRF: BBB- e perspectiva estável
– Fibria Celulose: BBB- e perspectiva estável
– Gerdau: BBB- e perspectiva negativa
– Klabin: BB+ e perspectiva estável
– Natura Cosméticos: BB e perspectiva negativa
– Suzano Papel e Celulose: BB+ e perspectiva positiva
Hypermarcas
A S&P Global manteve em BB+ o rating em moeda estrangeira da Hypermarcas, mas alterou a perspectiva da nota de positiva para estável.
De acordo com a S&P, esta revisão ocorreu porque o rebaixamento da nota do Brasil na véspera “limita o potencial de elevação do rating da companhia”.
Braskem
A S&P Global reafirmou o rating de longo prazo e em escala global da Braskem em BBB-, com perspectiva negativa.
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, a S&P afirmou que “mudamos nossa visão da sensibilidade da Braskem quanto à economia brasileira porque a empresa conseguiu exportar uma parcela significativa de seus produtos”. Para a agência, embora a mudança para as exportações geralmente resulte em margens mais baixas, “essa possibilidade, em nossa visão, fortalece a resiliência dos negócios da Braskem a um cenário de sofrimento soberano”, dado que a nota do Brasil foi cortada, na quinta-feira, de BB para BB- e a perspectiva passou de negativa para estável.
De acordo com a S&P, a resiliência dos negócios da Braskem e as instalações de produção fora do Brasil “apoiam nossa decisão de reafirmar os ratings da companhia”. As classificações, portanto, são limitadas em até três pontos acima do rating em moeda estrangeira do Brasil e um ponto acima da avaliação de transferência e conversibilidade (T&C) do Brasil, que está em BB+.
A avaliação de T&C reflete a visão da S&P sobre a probabilidade de um governo soberano restringir o acesso de um não soberano à moeda estrangeira necessária para satisfazer as obrigações do serviço de dívida.
Ultrapar
Apesar do rebaixamento do Brasil na véspera, a agência de classificação de risco S&P Global manteve o rating BB+ da Ultrapar e alterou a perspectiva da nota de negativa para estável.
A S&P justifica a alteração da perspectiva à visão de que a Ultrapar está “resiliente às dificuldades do rating soberano”.
“Ainda que a natureza de negócio da Ultrapar esteja muito ligada à natureza da economia brasileira, há evidências nos últimos três anos de que as receitas estão mais resilientes”, comentou a S&P.
Cyrela e Cosan
A S&P Global rebaixou de BB para BB- e alterou a perspectiva de negativa para estável da Cyrela e da Cosan.
O rebaixamento da Cyrela e da Cosan ocorre na sequência do downgrade da nota soberana do Brasil. O rating do País passou de BB para BB- e a perspectiva passou de negativa para estável.