A Standard & Poor’s estima que o Brasil crescerá 0,93% este ano, com o ritmo de expansão se acelerando para 2,00% em 2018 e 2,30% em 2019. Segundo a agência de classificação de risco, a economia brasileira deve se estabilizar este ano, após dois anos de contração.
“A nova administração do presidente Michel Temer foi capaz de aprovar uma emenda constitucional no fim de 2016 que limita o crescimento dos gastos do governo, um passo significativo em direção a controlar e eventualmente corrigir uma deterioração substancial nas finanças soberanas”, diz a S&P em relatório sobre as tendências para a América Latina este ano.
A agência lembra que o governo também apresentou uma ousada proposta de reforma da Previdência, que é essencial para combater o déficit público. “A capacidade do governo de aprovar essa reforma pode ser afetada pelas atuais investigações sobre corrupção que já envolveram altos políticos”, afirma a S&P.
A última vez que a agência alterou o rating do Brasil foi em fevereiro de 2016, quando cortou a nota do País para BB, com perspectiva negativa. Naquela altura, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff nem havia sido aprovado pela Câmara ainda.
Em novembro último, a diretora de ratings soberanos Lisa Schineller comentou em evento no Rio que um retorno do País para o grau de investimento até 2018 era “improvável”. “Realisticamente é muito difícil pensar que o País poderia recuperar (o grau de investimento) antes das próximas eleições”, afirmou na ocasião.