O recente anúncio da instalação de uma fábrica da Fiat em Pernambuco atesta que o processo de pulverização do parque automobilístico brasileiro, iniciado em meados dos anos 90, não acabou. No começo daquela década, apenas quatro Estados abrigavam montadoras. São Paulo, sozinho, era responsável por 75% de toda a produção nacional de veículos.
Hoje, as montadoras se espalham por sete Estados (Pernambuco será o oitavo) e São Paulo, embora ainda lidere a produção, viu sua fatia cair para 45%. No mesmo período, o número de veículos fabricados no Brasil passou de 1,6 milhão, em 1995, para 3,6 milhões, em 2010.
Com a chegada de uma nova leva de empresas asiáticas, São Paulo espera voltar a responder por mais da metade da produção brasileira, embora com índices mais modestos do que tinha no passado. O Estado foi escolhido pela coreana Hyundai e pela chinesa Chery para abrigar suas primeiras fábricas no País e pela japonesa Toyota para receber uma segunda unidade.
As três fábricas estão sendo construídas no interior, em cidades não tão distantes da capital, e terão capacidade produtiva inicial de 270 mil veículos, volume que pode ser ampliado para 450 mil com algumas adaptações, segundo informam os responsáveis pelos projetos previstos para 2012 e 2013.
O secretário de Desenvolvimento, Luciano Almeida, calcula que São Paulo terá sua fatia na produção ampliada para 52% com as três fabricantes. “Quando incluirmos as ampliações que Volkswagen, Ford e General Motors anunciaram para as fábricas de São Bernardo do Campo e de São José dos Campos, o índice irá a 55%.”