O consumo de energia elétrica pela indústria de São Paulo atingiu no mês passado o mais baixo nível dos últimos dez anos. De acordo com dados da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo, a indústria paulista consumiu 3.987 GWh, pior resultado desde julho de 2004 (3.951 GWh). Na comparação com julho de 2013, houve retração de 13%.

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Embora o mês de julho tenha sido marcado pela realização da Copa do Mundo no Brasil, o governo paulista atribuiu a queda à diminuição da atividade industrial, à perda de mercados internacionais e à baixa produtividade e desatualização tecnológica da indústria. “Além disso, a prolongada falta de chuvas sobre o Estado tem reduzido a produção de energia elétrica de origem hidráulica dando lugar a uma participação maior das usinas térmicas, cuja produção é mais cara”, destacou em nota a secretaria de Energia.

A indústria respondeu por 37,5% do consumo total de energia elétrica no mês de julho, contrastando com o patamar de mais de 40% em média registrado nos últimos anos. A classe residencial, por outro lado, viu sua participação de aproximadamente 28% do consumo nos últimos anos alcançar 30,3% em julho.

O consumo total de energia elétrica em São Paulo atingiu 10.629 GWh em julho, retração de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a julho, o consumo foi de 79.610 GWh, alta de 1,3% em relação ao mesmo intervalo de 2013.

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Geração

O levantamento mensal divulgado nesta segunda-feira, 25, pela secretaria de Energia aponta que a geração de energia no Estado, tendo como base as usinas em operação no Subsistema Interligado no Estado de São Paulo, totalizou 34.114 GWh no acumulado de janeiro a julho, uma retração de 12,2% sobre o mesmo período de 2013. A geração estadual é representada pelas empresas Companhia Energética de São Paulo (Cesp), Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), AES Tietê e Duke Energy, entre outras.

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Gás canalizado

No mercado de gás canalizado, atendido pelas empresas Comgás, Gás Natural Fenosa e Gás Brasiliano Distribuidora, o consumo paulista entre janeiro e julho totalizou 3,561 bilhão de metros cúbicos (m3), uma queda de 3,7% em relação ao mesmo período de sete meses de 2013. O resultado foi puxado pelo segmento industrial, com retração de 3%, e pela indústria automotiva, com variação negativa de 10,3% na mesma base comparativa.

A indústria respondeu entre janeiro e julho por 70,8% do consumo paulista de gás natural, confirmando tendência de perda de representatividade vista desde 2012. A destinação de gás para o funcionamento das usinas térmicas, por outro lado, está em 14,8% do total até julho, praticamente o dobro do número registrado em 2012.

Considerando apenas os dados de julho, o consumo ficou em 519 milhões de metros cúbicos de gás, queda de 3,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.