A agência de classificação de risco S&P Global Ratings afirmou nesta quinta-feira, 7, que a posição fiscal do Brasil continua fraca tendo em vista um cenário com “déficits fiscais consideráveis e um grande endividamento”. Ela diz esperar que o governo do presidente Jair Bolsonaro proponha “uma reforma da Previdência abrangente para conter o aumento dos gastos obrigatórios do governo” com a intenção de facilitar o cumprimento do teto de gastos.
“Além das perspectivas de crescimento moderado, a posição fiscal do Brasil é outra das principais fraquezas da nota de crédito. Sua trajetória fiscal é de déficits ainda grandes, embora em declínio, e aumento do endividamento até 2022”, na avaliação da S&P. A agência diz esperar que o déficit primário do governo central cairá de 7,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 para 6,7% do PIB este ano e, depois para 5% em 2022. “Isso é consistente com nossa suposição de uma lenta redução no déficit primário do governo, de, em média, 0,7 ponto porcentual entre 2019 e 2021, e mudará para uma posição equilibrada em 2022.”
Em relação às contas externas, que, de acordo com a S&P, “permanecem sólidas”, a agência projeta que o déficit em conta corrente passará de 0,8% do PIB em 2018 para 1,2% do PIB este ano e, posteriormente, para 2,6% em 2022.