Ao contrário do que pretendia a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a redistribuição de slots (horários de pousos e decolagens) em Congonhas não deve fortalecer as companhias entrantes. “São poucos os slots a serem sorteados entre várias companhias. Ainda por cima, o modelo dá preferência às empresas que já operam no aeroporto”, diz Paulo Sampaio, da consultoria aeronáutica Multiplan. “Apesar do esforço da Anac, a redistribuição não vai aumentar efetivamente a competição no setor.”

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As companhias têm até o final da tarde de hoje para entregar seus documentos à agência a fim de participar do sorteio de 381 slots em Congonhas, o aeroporto mais rentável do Brasil. A redistribuição está marcada para acontecer em 1º de fevereiro. Até agora, TAM, Gol, WebJet, Azul, Air Minas e Trip já deram entrada no processo. A OceanAir afirmou que também quer participar. Para que todas efetivamente façam parte do sorteio, seus documentos precisam ser aprovados pela Anac.

Do total de slots oferecidos, 301 já estavam disponíveis no final do ano passado, mas não atraíram interesse. Trata-se de espaços vagos nos finais de semana, entre às 14 horas de sábado e às 14 horas de domingo, período considerado de baixo tráfego. Os demais slots foram retirados de companhias aéreas que não respeitaram as regras de regularidade estabelecidas pela Anac: 19 deles pertenciam à Gol e os outros 61 eram da Pantanal, adquirida no final do ano passado pela TAM. Mais uma vez, parte dos horários disponíveis concentra-se nos finais de semana. Ao todo, apenas 60 estão entre segunda e sexta-feira – um número que não deve mudar o equilíbrio de forças no setor. Para se ter uma ideia, a Gol tem 1.448 slots em Congonhas, e a TAM, junto com a Pantanal, tem 1.539. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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