O empresário brasileiro está mais otimista nesse primeiro trimestre de 2017. As três sondagens empresariais da Fundação Getulio Vargas – Comércio, Serviços e Indústria – mostraram avanço na confiança, ainda calcado nas expectativas, mas com melhora também nas avaliações sobre a situação atual, apontou o economista Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 4,4 pontos na passagem de fevereiro para março, para 85,3 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014. O Índice de Confiança do Comércio (Icom) cresceu 3,1 pontos em março, para 85,6 pontos, também o maior patamar desde dezembro de 2014. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) aumentou 2,9 pontos em março, para 90,7 pontos, melhor resultado desde maio de 2014.
“De uma maneira geral, as sondagens empresariais estão na mesma linha. São as expectativas que sustentam essa melhora na confiança, mas tem um sinal positivo também do momento atual. Embora ainda esteja abaixo dos 100 pontos (considerado nível neutro), o resultado pode ser considerado como um nível de pessimismo moderado, considerando a série histórica”, contou Sales.
No setor de serviços, 11 das 13 principais atividades pesquisadas tiveram aumento na confiança. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 0,9 ponto, para 74,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 7,9 pontos, para 96,4 pontos. A melhora foi puxada pela percepção mais favorável da Situação Atual dos Negócios e da Demanda Prevista. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços teve ligeiro aumento de 0,1 ponto porcentual em março, para 82,2%.
No Comércio, a alta da confiança foi puxada, sobretudo, pela melhora das expectativas. O Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 4,1 pontos, para 95,6 pontos, e o Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 1,8 ponto, para 76,1 pontos. O indicador registrou maior otimismo com as vendas nos três meses seguintes e com a situação atual dos negócios.