Seguindo a mesma tendência de outros estudos e indicadores, uma sondagem realizada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) indica que a crise econômica está afetando o emprego do setor. Conforme a entidade, 64% das 226 empresas pesquisadas no Estado afirmaram que, nos últimos seis meses, tomaram medidas para reduzir o uso da mão de obra, incluindo demissões. “Muitas indústrias evitaram ao máximo a dispensa de trabalhadores na expectativa da melhora no cenário econômico, pois readequação do quadro de pessoal implica custos elevados. Porém, a baixa perspectiva de retomada no curto prazo tornou esse ajuste inevitável”, avaliou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.

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A pesquisa mostrou que 47,8% das indústrias consultadas cortaram o número de empregados no período e 40,7% optaram por tomar medidas extraordinárias de diminuição de mão de obra na tentativa de evitar desligamentos, apesar da queda de vendas e do aumento da ociosidade. As ações mais utilizadas foram restrição da quantidade de turnos, não renovação de contratos temporários e a adoção de férias coletivas não programadas.

Conforme a Fiergs, o recuo da produção (para 70,5%) e as dificuldades financeiras (32%) lideram a lista de razões que motivaram as empresas a agir desta forma. Ainda de acordo com o estudo, o fechamento de vagas deverá continuar nos próximos seis meses. Das indústrias entrevistadas, 53,3% disseram que pretendem diminuir a quantidade de funcionários ou adotar diferentes medidas sem utilizar o recurso de demissões.

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