A produção industrial cresceu em sete dos 14 locais pesquisados na passagem de janeiro para fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 8. Na semana passada, o instituto informou que a indústria nacional teve avanço de 0,4% em fevereiro em relação a janeiro.
Nesse período, as expansões mais acentuadas foram verificadas no Paraná (18,4%), que eliminou a perda de 15,9% registrada entre novembro de 2013 e janeiro de 2014, e Amazonas (4,7%), a segunda taxa positiva. Também registraram aumento na produção, na mesma base de comparação: Rio de Janeiro (1,0%), Goiás (0,8%), São Paulo (0,7%), Rio Grande do Sul (0,5%) e Santa Catarina (0,5%). Já o Estado do Pará teve variação nula (0,0%) no período.
Na direção oposta, houve recuo no Espírito Santo (-4,3%), que tinha avançado 2,2% no mês anterior, e Pernambuco (-3,9%), que interrompeu uma sequência de quatro meses de taxas positivas. Também tiveram queda na produção a região Nordeste (-1,7%), Ceará (-1,6%), Minas Gerais (-1,6%) e Bahia (-1,2%).
12 meses
No acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial cresceu em nove dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. Além disso, 12 mostram ganho no ritmo de produção, ou seja, mesmo entre os que ainda têm perdas, a retração se mostra menos intensa.
A produção nacional teve ganho de 1,1% nos 12 meses até fevereiro, uma taxa bem maior que o 0,5% obtido até janeiro. O pesquisador Rodrigo Lobo, da Coordenação de Indústria do IBGE, destacou a repetição da taxa de -0,1% em 12 meses para a indústria em São Paulo.
“A região tinha uma trajetória descendente desde setembro de 2013, quando acumulava crescimento de 1,5%. Essa parada pode indicar estabilização ou reversão, embora ainda seja cedo para afirmar”, disse Lobo. “Mostra um ponto de inflexão, mas não dá para dizer que vai se recuperar. Mas é um indício de que isso pode acontecer”, completou.
Entre as demais regiões, os principais ganhos no acumulado nos últimos 12 meses são observados no Rio Grande do Sul (7,0%), Paraná (6,9%), que vem numa trajetória ascendente desde março de 2013, em Goiás (4,5%), na Bahia (3,3%), no Ceará (2,6%), em Pernambuco (2,6%), no Amazonas (2,0%), em Santa Catarina (1,6%) e na Região Nordeste (1,4%).
No sentido contrário, têm perdas nos últimos 12 meses Pará (-4,4%), Minas Gerais (-1,0%), Rio de Janeiro (-0,9%), além de São Paulo (-0,1%). O Espírito Santo tem queda de 5,3% nesta comparação, mas tem mostrado tendência de recuperação desde outubro do ano passado, destacou Lobo.
Acumulado em 2014
No acumulado deste ano, São Paulo registra queda de 2,4% na produção, influenciada por veículos automotores (-7,7%) e refino de petróleo e álcool (-10,1%). Já o Rio de Janeiro tem perda de 2,2% nesta comparação, puxado por farmacêuticos (-30,2%) e extrativa (-4,1%).
Apesar disso, a produção brasileira apresentou aumento de 1,3% no acumulado do ano até fevereiro. “O crescimento do Brasil acontece apesar dos dois principais Estados estarem negativos”, concluiu Lobo.
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