Os metalúrgicos da montadora Renault/Nissan, instalada em São José dos Pinhais, aceitaram, em assembléia, proposta da direção da empresa e voltaram ontem ao trabalho.
Na Volkswagen, também em São José dos Pinhais, uma nova proposta foi apresentada ontem pela empresa e será votada pelos trabalhadores na segunda-feira, dia 8. Os funcionários das duas empresas estavam em greve desde a última segunda-feira, dia 1.º.
Os trabalhadores da Renault terão reajuste salarial de 10%, sendo 7,15% de reposição integral da inflação medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) e aumento real de 2,66%.
Os funcionários conseguiram, ainda, o pagamento de um abono de R$ 1,5 mil a ser pago no dia 8 e outros R$ 100 no dia 19. Ficou decidido também que os quatro dias de greve não serão descontados do salário, mas sim, do banco de horas dos trabalhadores.
Na Volkswagen, o impasse era a data em que o reajuste seria aplicado: os trabalhadores queriam que o índice fosse aplicado já no mês de setembro, enquanto a montadora insistia em aplicar só a partir de novembro. Em assembléia realizada ontem, os trabalhadores da montadora alemã recusaram a proposta.
De acordo com o coordenador da Comissão de Fábrica da Volks, Gilson Batista, a direção da empresa voltou atrás e decidiu conceder 10% de reajuste – reposição da inflação mais aumento real – já a partir de setembro.
Também ofereceu abono de R$ 1,5 mil, que será pago no dia 10 de setembro e R$ 100 em vale-mercado. A nova proposta será votada na porta da fábrica na segunda-feira.
“Temos um termômetro que indica que os trabalhadores vão aceitar”, disse Batista. Os dias não trabalhados, afirmou, serão descontados dos trabalhadores em cinco vezes.
Neste final de semana, a montadora não teria turno de produção. O Sindicato dos Metalúrgicos calcula que deixaram de ser fabricados cerca de 4,2 mil veículos na Volkswagen.