O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, voltou a criticar, nesta segunda-feira, 9, o governo pelo aumento de impostos promovido pela MP 669, devolvida ao Executivo pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros (AL), na semana passada. Skaf apoiou a atitude de Renan que, assim como ele, é do PMDB.
“As casas legislativas não aceitaram a MP por acreditarem que não há urgência, e não há”, disse Skaf, que defendeu que um ajuste fiscal não deve ser feito com aumento de impostos, mas com corte de gastos públicos. “Não há urgência em aumentar impostos”, completou.
Durante sua fala na abertura do ConstruBusiness, evento do setor de construção que acontece na sede da Fiesp em São Paulo, Skaf falou sobre a necessidade de parcerias entre a indústria e o governo federal e propôs elos com o Tribunal de Contas da União e o Ministério das Cidades.
Sobre a MP 669, Skaf disse que a intenção de ser parceiro do governo não pode tirar a independência da Fiesp. “Este será um tema em que nós não vamos estar juntos com o governo”, disse Skaf. “Não estamos, ministro Kassab, olhando o interesse das empresas. Estamos olhando o interesse do País”, disse ao ministro das Cidades, que também participava do evento.