O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Barata, disse nesta quarta-feira, 19, que o setor elétrico não será empecilho para o novo governo se a economia voltar a crescer. Segundo Barata, mesmo que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em média 2,7% até 2023, haverá energia suficiente para sustentar a atividade econômica.

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“Isso nos dá conforto e uma torcida muito grande para a economia crescer”, disse a jornalistas em um balanço de final de ano. Para calcular a carga o ONS utiliza o PIB projetado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que prevê crescimento do PIB de 2,3% em 2019, 2,7% em 2020 e 2,9% em 2023.

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Barata informou que ainda não teve nenhuma reunião formal com a equipe de transição do governo, mas foi “apresentado rapidamente” ao novo ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque e conversou “há algum tempo” com o professor Luciano de Castro, um dos principais nomes da equipe de transição do setor se energia do governo de Jair Bolsonaro.

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“A primeira reunião formal será do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, em 9 de janeiro, se não chamarem antes”, afirmou o executivo.

Barata destacou que este ano os reservatórios das hidrelétricas vão fechar o ano muito melhor do no ano passado, o que garante que a bandeira verde da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve durar pelo menos até janeiro.

Os reservatórios do Nordeste fecharam 2017 com 12,8%, e devem fechar 2018 em 42,4%; os reservatórios do Sudeste passaram de 22,5% para 28,4% de um ano para outro; a região Norte, de 23,3% em 2017 para 41,2% este ano; e a região Sul de 57% para 63% na mesma comparação.

“Melhoraram as condições climáticas, não foi só o aumento de chuvas, e teve também a gestão das bacias também, como a redução da vazão do rio São Francisco”, explicou.

A melhor gestão do setor conta também com o crescimento de geração, como no caso das usinas eólica, que passaram de uma participação na matriz de 7,4% em 2017 para 8,2% este ano.