A indústria de autopeças, representada pelo Sindipeças, divulgou hoje um comunicado para manifestar seu “desagrado” com relação aos aumentos nos preços do aço, de cerca de 13%, que começaram a vigorar neste mês. “Essa ação atinge vários setores industriais e os repasses para os preços serão inevitáveis, atingindo diretamente o consumidor final de bens duráveis, como automóveis, máquinas e eletrodomésticos”, afirmou a entidade por meio de nota. Segundo o Sindipeças, o aumento não considera a ainda incerta estabilidade econômica e coloca em risco a saúde das empresas e a manutenção do nível de emprego.
“Entendemos ser oportuno que usinas e distribuidores reflitam sobre os impactos negativos dessa ação”, informou. Segundo a nota, a participação do aço no custo de produção das autopeças pode até ultrapassar 40%. O Sindipeças afirmou que considera “injusto e inapropriado” que o aço tenha alíquota de importação de 15% (TEC – Tarifa Externa Comum) e que as autopeças tenham alíquota de importação de 10% (média da TEC). “O Brasil é o único País do mundo em que a matéria-prima é protegida por alíquota superior à do produto industrializado que a utiliza”, disse.