Sindicatos gregos fazem greve contra reformas no país

Os serviços públicos estão operando com problemas por toda a Grécia hoje, quando as duas principais centrais sindicais do país comandam uma paralisação de 24 horas, no dia do início de uma discussão no Parlamento sobre propostas de reformas trabalhistas e nas aposentadorias. A greve liderada pela central sindical GSEE, que representa os funcionários do setor privado, e pela ADEDY, do setor público, é a mais recente paralisação geral convocada pelas duas centrais este ano, enquanto o governo tenta implementar medidas de austeridade fiscal e reformas. Essas medidas são parte de um programa adotado pelo governo grego em troca de um pacote de auxílio de 110 bilhões de euros fechado no mês passado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A intenção de reformar as leis previdenciárias e trabalhistas gregas, porém, é vista como um grande teste para o governista Partido Socialista. A sigla enfrenta descontentamento em suas próprias fileiras, bem como resistência das centrais sindicais. Ainda hoje, o Parlamento grego começará um debate sobre as reformas, que incluem medidas para aumentar a idade para a aposentadoria, cortar benefícios das pensões, reduzir os salários mínimos e facilitar o caminho para empregadores demitirem funcionários. “A GSEE e a ADEDY dizem ‘não’ às reformas previdenciárias injustas, duras e antissociais”, afirmou a GSEE em comunicado. “Os trabalhadores e a comunidade exigem o fortalecimento, e não o enfraquecimento de seus direitos sociais, de pensões, econômicos e trabalhistas.”

Escritórios dos governos locais e central estão fechados, enquanto hospitais, serviços de ambulância e companhias estatais funcionam em esquema emergencial. O deslocamento na capital é atrapalhado por uma série de paralisações no transporte público, enquanto os serviços ferroviários estão suspensos pelo país. Dezenas de voos domésticos foram cancelados, e os controladores aéreos em aeroportos menores, locais, cruzaram os braços. Os voos internacionais chegando e partindo de Atenas, porém, não foram afetados. Os jornalistas gregos também fazem parte da paralisação, com os programas de notícias da manhã tendo de reprisar programas alternativos.

Os trabalhadores dos portos, afiliados ao Partido Comunista, afirmaram que pretendem reduzir os serviços de ferry hoje. A decisão é tomada mesmo após uma corte local determinar que o protesto dessa categoria seria ilegal. As duas centrais sindicais iniciaram um protesto em Atenas. O sindicato PAME, ligado aos comunistas, realizará um protesto separado, na mesma hora. Em manifestações anteriores no país, houve vários casos de violência, o pior deles em 5 de maio, quando um grupo de jovens anarquistas ateou fogo a uma agência bancária em Atenas e matou três trabalhadores. As informações são da Dow Jones.

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