O sindicato dos trabalhadores do setor automotivo nos Estados Unidos, o UAW (na sigla em inglês), anunciou hoje que seus integrantes aprovaram com 74% dos votos o novo acordo trabalhista com a montadora norte-americana General Motors (GM), permitindo à empresa superar um grande obstáculo para seu plano de reestruturação. O acordo cobre 54 mil trabalhadores da GM em 46 fábricas nos EUA.
Segundo o presidente do UAW, Ron Gettelfinger, o acordo dá ao fundo de pensão independente dos aposentados da GM uma participação de 17,5% na empresa, além de garantias para mais 2,5%. O UAW receberá US$ 6,5 bilhões em ações preferenciais (PN) e uma nota promissória de US$ 2,5 bilhões, e terá um representante no conselho da companhia. A GM também concordou em produzir carros subcompactos nos EUA, e não na China ou na Coreia do Sul.
A GM, que vem sobrevivendo graças a créditos do governo dos EUA, tem até a próxima segunda-feira (dia 1º) para apresentar um plano completo de reestruturação e a expectativa do mercado é de que ela peça concordata no início da semana que vem, dentro de um plano que daria ao governo norte-americano uma participação de 72,5% na empresa. De acordo com esse plano, o governo injetaria mais US$ 50 bilhões na companhia e manteria sua participação por até 18 meses. As informações são da Dow Jones.