FIM DA GREVE?

Sindicato no Paraná classifica proposta dos Correios de “ridícula”

O diretor de Relações Sindicais do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), José Maria Pego, classificou como “ridículo” o acordo a que chegaram os representantes da empresa e dos trabalhadores na tarde desta terça-feira (4), durante audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. A categoria faz assembleia nesta quarta-feira (5), às 16h, em frente ao prédio dos Correios, na rua João Negrão, em Curitiba, para decidir se aceita ou não a proposta. Mais 34 sindicatos de todo o País vão se reunir para avaliar o acordo. Para ser aceito e encerrar a greve, é preciso a aprovação de pelo menos 18 sindicatos.

Na audiência de conciliação, os representantes da categoria abriram mão do abono de R$ 500,00 que foi oferecido pela empresa em troca do pagamento do aumento real de R$ 80,00 a partir de outubro. Este aumento estava previsto para ser pago somente a partir de janeiro. Também foi mantida a proposta de reajuste linear do salário e dos benefícios de 6,87% retroativo a 1º de agosto, além de um benefício para ressarcir o valor gasto pelos empregados com medicamentos. “Essas propostas não vão passar em assembleia”, avaliou o diretor do Sintcom-PR.

Em relação ao desconto dos dias parados, a proposta acordada prevê que a empresa devolva os seis dias que já foram descontados dos trabalhadores em folha de pagamento suplementar até a próxima segunda-feira (10). Posteriormente, a empresa poderá fazer novamente o desconto na proporção de meio dia de trabalho por mês, mas o trabalhador terá a opção de ter o desconto em um prazo menor.

Os outros 15 dias de greve que não foram descontados dos trabalhadores deverão ser compensados com trabalho extra nos fins de semana e feriados, de acordo com a necessidade da empresa, até o segundo domingo de maio de 2012. A empresa deverá convocar os funcionários para o trabalho extra com no mínimo 72 horas de antecedência.

Caravanas de dez estados, dentre eles o Paraná, estiveram em Brasília para reforçar o movimento e aguardar em frente ao TST o resultado da reunião de conciliação. 

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