Desde ontem, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Louça e Porcelana de Campo Largo está sendo administrado por um interventor escolhido pela justiça. A intervenção foi determinada pela comarca da cidade, atendendo pedido da chapa derrotada nas eleições do Sindicato, realizada há cerca de um mês. Uma das chapas teria se queixado de irregularidades durante o processo eleitoral. Segundo Nadir Fracaro, que foi eleito presidente do sindicato com 61,5% dos votos válidos o processo transcorreu normalmente e não haveria necessidade de intervenção. Mas, para ele, o grande erro em todo processo foi a indicação de um ?representante do sindicato patronal? para assumir a entidade. “Temos uma audiência no dia 13 de novembro entre empregado e patrão. Está em jogo cerca de R$ 300 mil. Só que com esse pessoal no sindicato vai ser uma reunião de patrão com patrão”, diz.

O interventor nomeado pela justiça, Hugo Ruthes, se defende. “Sou do sindicato rural da cidade há mais de vinte anos. Tenho experiência sindical na defesa do trabalhador”. Ruth diz que vai cumprir sua interinidade na instituição com ética. “Cheguei na quinta e ainda não deu para arrumar a casa. Não estou jogando para nenhum dos lados. Meu desejo é marcar novas eleições e entregar o sindicato em ordem para a nova diretoria”.

Até o fechamento dessa edição, a reportagem de O Estado não obteve contato com o representante da chapa derrotada.

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