O sindicato dos funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) negou nesta sexta-feira, 27, que esteja descumprindo a liminar da Justiça que determina que mantenha, no mínimo, 70% dos servidores trabalhando em cada uma das unidades do órgão em todo o País, enquanto durar a greve de funcionários no instituto.
A liminar foi publicada pelo Superior Tribunal de Justiça no último dia 6 de junho. Hoje, o ASSIBGE-SN foi intimado, por telegrama judicial enviado pela ministra Assusete Magalhães, a comprovar o integral cumprimento da liminar num prazo de 24 horas, sob pena de execução de multa diária de R$ 100 mil.
“Estamos reunindo materiais que comprovam que não estamos descumprindo a decisão judicial”, afirmou Daniela Barreto, coordenadora de Núcleo do ASSIBGE-SN.
Segundo Daniela, o sindicato ainda não tratará sobre a ameaça de multa. Os esforços da direção do sindicato e departamento jurídico estão concentrados em providenciar a defesa do ASSIBGE-SN perante a intimação. “Estamos trabalhando nesse momento na nossa defesa”, contou ela, acrescentando ainda que o sindicato pedirá uma audiência com a ministra para a próxima terça-feira, dia 1º de julho, em Brasília.
O ASSIBGE-SN informou que não tem o porcentual de servidores em greve no órgão atualmente, mas assegurou que não houve desrespeito à liminar da Justiça. A direção do IBGE comunicou mais cedo que entregou um relatório ao STJ informando que a decisão judicial não foi cumprida integralmente de 9 a 13 de junho.
Ontem, o instituto não conseguiu divulgar a taxa de desemprego de maio para as seis regiões metropolitanas do País apurada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A greve de servidores atrasou a coleta e análise dos dados das regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre. O órgão informou que a coleta da PME de junho também está atrasada e que os trabalhos para a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) enfrentam problemas em alguns Estados por causa da greve.