economia

Sindicalistas vão pressionar parlamentares por mudança na reforma da Previdência

Em reunião realizada nesta sexta-feira, 20, na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo, representantes das centrais sindicais decidiram que virão a Brasília no dia 22 de fevereiro para tentar pressionar parlamentares por mudanças na reforma da Previdência.

No encontro, no qual participaram representante da Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CSB , CTB, Intersindical e Conlutas, ficou acertado ainda que as entidades tentarão organizar para a segunda quinzena de março um Dia Nacional de Paralisações também para marcar posição contra a reforma da Previdência.

A ideia dos sindicalistas na reunião de fevereiro é conseguir rodadas de conversas com líderes dos partidos e os novos presidentes da Câmara e do Senado para sensibilizá-los a alterar a proposta de reforma da Previdência, atendendo às reivindicações dos trabalhadores.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), disse, em nota, que “é importante mobilizar os trabalhadores e pressionar o Congresso Nacional para modificar o texto da reforma da Previdência”.

Reivindicações

O presidente da Força, deputado Pereira da Silva, Paulinho, disse que as entidades não permitirão que se retirem direitos dos trabalhadores. Na nota, a Força Sindical lembra que Paulinho e os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Adalberto Galvão (PSB-BA) e Rogério Rosso (PSD-RJ) apresentaram uma emenda na Câmara fixando a aposentadoria para as mulheres aos 58 anos e aos sessenta anos para os homens.

Para o deputado, é “muito injusto” igualar a idade mínima entre homens e mulheres para 65 anos, como prevê a propostas enviada pelo presidente Michel Temer ao Congresso. Ele argumenta que muitas mulheres ainda desempenham “jornada dupla” de trabalho ao cuidar da casa e trabalhar fora.

Na emenda apresentada os deputados também pedem alteração na regra de transição. A frente parlamentar defende que não haja direitos adquiridos para as pessoas que possuem menos de cinquenta anos de idade, e que, em vez de terem de trabalhar 50% a mais do período que falta para se aposentar, aumentem em mais 30% o tempo de serviço.

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