O economista Alexandre Scheinkman, da Universidade de Princeton, classificou a hipótese de incluir representantes de empresas e sindicatos no CMN (Conselho Monetário Nacional) como ?absurda?. ?Isso levaria simplesmente a uma falta de democracia da política monetária, pois ele é formado por toda a população e não por lobistas de grupos de interesse?, disse ele ontem, no Rio de Janeiro.
Segundo Scheinkman, a política monetária é formada por aspectos políticos e técnicos. Cabe aos representantes da população determinar o nível da meta de inflação, atualmente prejudicada pela inclusão dos preços administrados.
Administrados
Para o economista, a inclusão dos preços administrados no índice que baliza as metas de inflação, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), é um erro. ?Não é o que a teoria econômica recomenda?, afirmou.
Segundo Scheinkman, apesar das tarifas consumirem uma parcela significativa da renda da população, quando o Banco Central faz o aperto monetário após o reajuste de tarifas acima das metas de inflação em razão de contratos firmados no passado acaba beneficiando ainda mais estas empresas.
O economista participou do seminário ?Economia e comportamento humano? no Rio de Janeiro.