Com a proposta ambiciosa de triplicar a venda de terminais IP no Brasil e ampliar a presença na América Latina, a Siemens Enterprise Communications anunciou ontem o início da fabricação novos terminais na fábrica de Curitiba.
O projeto recebeu investimentos na ordem de US$ 5 milhões, para a aquisição de equipamentos, modernização da planta e ampliação de layout. Na unidade serão produzidos cinco novos modelos de terminais IP, sendo três da família OpenStage e dois novos OptiPoints, além de quatro modelos complementares da linha digital. A capacidade de produção será de 150 mil unidades/ano e deve gerar 200 novos empregos.
Com esse anúncio, a Siemens tentou reverter a informação de que a fábrica de Curitiba estaria passando por uma estruturação que poderia culminar com o fechamento da unidade. O CEO da Siemens Entrerprise América Latina, Humberto Cagno admitiu que pode existir, por parte dos empresários na Alemanha donos do grupo, planos de venda, fusão ou joint venture. ?Isso não é uma decisão nossa. Por enquanto o que sabemos é que tudo continua normal?, disse, acrescentando que a prova disso foi o anúncio dos novos equipamentos da fábrica local.
A fábrica de Curitiba é a segunda do grupo na fabricação de PABX a outra fica na Grécia. A unidade responde por 60% da demanda mundial de equipamentos do setor. De acordo com o CEO da Siemens Entrerprise Communications Curitiba, Baldoino Sens os produtos fabricados aqui seguem para a Alemanha de onde são distribuídos para 150 países. Ele destacou que a Siemens responde hoje por 43,2% da telefonia no Brasil, e apesar de não revelar números, pretende ampliar esses números.
Com a fabricação dos novos produtos em Curitiba, a previsão é reduzir os custos, o que será um atrativo para a adoção da tecnologia VoIP pelas empresas. O CEO da Siemens Entrerprise Communications Brasil, Armando Souza diz que a nacionalização dos terminais irá permitir uma redução média de 30% nos preços, sendo que os aparelhos poderão ser vendidos por US$ 150 enquanto outros modelos do mercado custam US$ 500. Com os novos equipamentos a Siemens espera reduzir o atraso da América Latina em relação a adoção de tecnologia IP e digital que é de três a quatro anos comparado com os Estados Unidos.