O novo acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que envolverá empréstimos de US$ 30 bilhões ao País, não foi conseguido ?sem custo adicional?, como havia afirmado o presidente do Banco Central, Armínio Fraga no dia 8 de agosto. Ele custará a este governo o aumento da meta de superávit primário (dado pela diferença entre receitas e despesas, exceto juros, de todo o setor público) do equivalente a 3,75% do Produto Interno Bruto (PIB) para 3,88% do PIB, ou de R$ 48,6 bilhões para R$ 50,3 bilhões. O aumento foi de R$ 1,7 bilhão.
Além disso, o próximo presidente está comprometido a cumprir, no primeiro semestre do seu mandato, 59% da meta do saldo primário previsto para 2003. No período de 12 meses compreendido entre julho de 2002 e junho de 2003, o resultado primário será de 3,9% do PIB. Segundo Malan, essa cláusula reflete algo que já ocorre normalmente com as contas públicas. Ele explicou que, historicamente, mais de 60% do resultado primário do ano é obtido nos primeiros seis meses, quando a arrecadação é mais alta. No segundo semestre, tradicionalmente, os gastos aumentam.