O setor público consolidado, que reúne as contas do governo central, Estados, municípios e empresas estatais, economizou R$ 1,944 bilhão em novembro, sem contar os gastos com juros. De acordo com dados divulgados nest terça-feira (30) pelo Banco Central, no acumulado do ano de janeiro a novembro, o setor público registrou um superávit primário de R$ 134,83 bilhões, o equivalente a 5,08% do Produto Interno Bruto (PIB).

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O resultado no acumulado de 2008 é superior ao registrado no mesmo período de 2007, quando as contas do setor público acumulavam até novembro um superávit de R$ 113,387 bilhões, ou 4,78% do PIB.

Ainda segundo o BC, incluindo os gastos com pagamento de juros da dívida pública, o setor público teve em novembro um déficit nominal de R$ 8,917 bilhões. Com o resultado, o setor público inverte os superávits nominais registrados nos meses de setembro e outubro. Segundo o BC, no acumulado do ano de janeiro a novembro, o setor público continua deficitário em R$ 10,752 bilhões, o equivalente a 0,40% do PIB.

Em novembro, o déficit foi determinado pelo gasto com juros da dívida, despesa que somou R$ 10,861 bilhões. De janeiro a novembro deste ano, essa despesa soma R$ 145,582 bilhões, o que corresponde a 5,48% do PIB.

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Dívida líquida

A dívida líquida do setor público consolidado caiu para 34,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em novembro, no menor patamar desde maio de 1998.

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Segundo dados do BC, a dívida líquida do setor público caiu de R$ 1,088 trilhão em outubro para R$ 1,047 trilhão em novembro. Na passagem de um mês para o outro, houve uma queda de 1,4 ponto porcentual do PIB, já que em outubro o estoque da dívida líquida correspondia a 36,3% do PIB. Segundo o Banco Central a desvalorização cambial, ocorrida em novembro, foi o principal responsável pela queda do endividamento do setor público.

No acumulado do ano até o mês passado, a dívida líquida apresenta uma queda de 7,1 ponto porcentual do PIB. No fim do ano passado, em dezembro, a dívida estava em 42% do PIB, ou R$ 1,150 trilhão.