Caso se confirmem as expectativas das entidades de classe ligadas ao setor produtivo nacional e aos trabalhadores, consultadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 3,2% este ano, menos do que os 4% previstos pela equipe econômica do governo. Já a taxa de inflação é estimada em 5,1%, acima da meta projetada pelo governo, de 4,5% (mas dentro da margem de variação de dois pontos percentuais). As projeções constam do estudo Sensor Econômico divulgado hoje (14) pelo Ipea.
De acordo com o estudo, as entidades consultadas projetam para o corrente ano a geração de 1,8 milhão de empregos formais. O governo trabalha com números mais otimistas, e prevê que, em 2012, serão criados mais 2 milhões de postos de trabalho. Em relação à taxa básica de juros (Selic), o estudo prevê que o ano terá uma mediana de 9% ao ano.
As entidades consultadas pelo Ipea projetam que, ao final de 2012, a taxa de câmbio estará em R$1,8 por dólar, enquanto a previsão atual do governo é de que a taxa encerre o ano com o dólar a R$ 1,76.
Sobre as exportações, a previsão das entidades consultadas pelo Ipea apontam uma mediana de US$268 bilhões. A meta de exportações anunciada pelo governo é de US$ 264 bilhões. As entidades associativas do setor produtivo projetam, para as importações, o valor de US$ 247 bilhões. Elas projetam , ainda, uma variação mediana de 5,7% dos investimentos, enquanto o governo trabalha com uma previsão de 10% neste quesito.
O Sensor Econômico expressa perspectivas dos principais indicadores macroeconômicos para o ano, conforme previsões feitas por grupo de entidades associativas do setor produtivo: associações, federações e outras; de indústria, de comércio ou de agropecuária; entidades representativas de trabalhadores; e uns poucos institutos ou centros de estudos de caráter setorial.