O índice composto de produção da zona do euro, que mede a atividade do setor privado nos 16 países que utilizam o euro como moeda, subiu para 56,7 em julho, o maior nível em três meses, ante os 56,0 de junho. O resultado, divulgado hoje pela Markit Economics, indica que a recuperação da região deve continuar no segundo semestre deste ano. Leituras superiores a 50 revelam expansão da atividade.

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O número veio em linha com as estimativas dos analistas. “O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) provavelmente está em 0,7% (no terceiro trimestre), em base de comparação trimestral, o melhor desempenho em três anos”, disse Chris Williamson, economista-chefe da Markit, em comunicado. “No entanto, embora a expansão na Alemanha e na França tenha retornado para os níveis anteriores à recessão, a recuperação está muito mais opaca e suscetível a tropeços na Espanha e na Itália.”

O economista Nick Verdi, do Barclays Capital, concordou com a perspectiva de Williamson a respeito do crescimento de 0,7% na economia da zona do euro no terceiro trimestre, mas alertou que ainda é cedo para depositar expectativas nesta estimativa. “De qualquer forma, deve ser mencionado que a confiança das empresas da região manteve-se em alta nos meses recentes, apesar das preocupações com os mercados financeiros”, avaliou.

A Markit também divulgou que o índice de atividade do setor de serviços da zona do euro subiu para 55,8 em julho, ante 55,5 em junho, marcando o décimo primeiro mês seguido de expansão do setor. Economistas esperavam uma leitura levemente maior, de 56,0.

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Segundo Williamson, é pouco provável que o ritmo de expansão econômica na Europa seja sustentado sem uma melhora na atividade do setor de serviços. “A redução da crise soberana e a melhora no mercado de trabalho devem estimular os gastos dos consumidores com serviços e auxiliar neste processo de reequilíbrio”, acrescentou.

A retomada da produção e das novas encomendas levou as empresas da zona do euro a aumentarem as contratações pelo terceiro mês seguido em julho. A taxa de criação de empregos atingiu o maior nível desde abril de 2008. No entanto, a recuperação também é desigual, com um aumento na criação de vagas na Alemanha e na França e um agravamento nas perdas de emprego na Espanha. As informações são da Dow Jones.

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