A indústria brasileira de transformação do plástico, conhecida como terceira geração da cadeia petroquímica, registrou em 2010 o pior resultado comercial da série histórica iniciada em 1996. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast), o déficit na balança setorial alcançou US$ 1,35 bilhão, alta de 47,86% em relação a 2009. “Contribuiu muito para esse resultado o câmbio sobrevalorizado, que se soma aos juros e impostos elevados, dentre outros fatores do custo Brasil, debilitando a competitividade das empresas nacionais”, destacou em nota o presidente da entidade, José Ricardo Roriz Coelho.

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Os fatores citados por Roriz contribuíram para que as importações de peças plásticas acabadas saltassem 34,55% no ano passado, para US$ 2,83 bilhões. O número de compras internacionais ofuscou o resultado recorde da balança exportadora, com vendas de US$ 1,47 bilhão, 24,24% maior do que em 2009.

A direção da entidade também ressalta os elevados custos de produção no Brasil. “O preço no mercado interno do polipropileno é 22% mais alto do que no mercado doméstico europeu, 32% do que na China e 33% do que nos Estados Unidos”, destacou a Abiplast, tendo como base dados deste mês. O polipropileno é usado na fabricação de embalagens para indústria alimentícia, peças automotivas e tubos para construção civil, entre outros produtos, e por isso os custos elevados têm impacto relevante em diversos segmentos da indústria nacional.

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