O setor moveleiro paranaense deve respirar mais aliviado a partir da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a atividade. É o que pensa o gerente executivo do Sindicato da Indústria do Mobiliário e Marcenaria do Estado do Paraná (Simov-PR), Luiz Andreole.
O setor, segundo ele, vem passando por dificuldades desde antes da crise e, ao contrário de outros segmentos, até agora não tinha recebido nenhum incentivo governamental.
De acordo com Andreole, nem só a falta de incentivo prejudicava o setor: para ele, a isenção do IPI da linha branca e dos automóveis também vinha prejudicando as indústrias de móveis.
“Os consumidores deram preferência para esses produtos, deixando de adquirir os móveis”, explica, prevendo que os índices de otimismo dos empresários da atividade em relação a uma recuperação do setor, que estavam em cerca de 30%, podem aumentar agora para até 50%.
“Esse era um pleito antigo da nossa categoria”, diz Andreole, revelando que, desde fevereiro, há movimentação do setor para obtenção de incentivos, mas que a partir de julho a pressão passou a ser maior.
O Simov estima que as cerca de 3 mil empresas do setor moveleiro no Estado empregam diretamente entre 30 mil e 35 mil pessoas. A maioria das empresas são de pequeno porte e voltadas ao mercado interno.
