O setor de supermercados brasileiro quer representar 6% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2014, com um faturamento de R$ 313 bilhões, ante a participação de 5,5% de 2012. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, a aceleração do crescimento da receita bruta do segmento se dará por meio de ações inseridas no projeto Abras Maior, que está sendo levado ao governo federal.

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“Para atingirmos essa cifra precisamos de alguns incentivos federais: a desoneração de equipamentos e da folha de pagamento. Se essas medidas não forem aprovadas, o setor deve continuar crescendo, impulsionado pela continuidade do aumento de renda da população, mas para um faturamento de R$ 288 bilhões ao final de 2014”, declarou, em entrevista de imprensa há pouco. O projeto ainda prevê que até o final de 2014, o setor tenha 90 mil lojas ante 83 mil estabelecimentos previstos para 2013 e a geração de 1,75 milhão de empregos.

Sobre a desoneração dos equipamentos, Yamada informou que, no próximo dia 15, a Abras terá uma reunião com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) para detalhar o que pode ser feito. Com relação à desoneração da folha de pagamento, o executivo explicou que a proposta do setor é reduzir de 20% para 15% a alíquota de contribuição patronal do INSS. “Já que não entramos na redução do porcentual sobre o faturamento, acabamos por simplificar o pleito. Poderia reduzir para 10%, mas acho que o governo achará muito. Em troca, geraremos mais emprego no País”, explicou.

Em 2012, o faturamento do setor supermercadista nacional cresceu, em termos reais, deflacionado pelo IPCA, 2,4%, para R$ 242,9 bilhões. Para 2013, a Abras prevê uma receita bruta de R$ 264 bilhões. Se o projeto Abras Maior já for aprovado, esse montante poderá chegar a R$ 277 bilhões neste ano.

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Yamada ainda comentou que a presidente da República, Dilma Rousseff, foi “muito feliz” em fazer a desoneração da cesta básica, principalmente nas carnes. “A queda da inflação dos alimentos em abril já era esperada pelo setor e acredito que nos próximos meses veremos mais recuos”, disse. Entretanto, segundo ele, os alimentos farão a sua parte no alívio da inflação, mas o governo precisa fazer uma economia de seus gastos para que esse recuo seja mais intenso e que a estabilidade econômica ocorra com mais tranquilidade.