Em fevereiro, o volume de serviços prestados no Brasil registrou aumento de 0,1% ante janeiro, na série com ajuste sazonal divulgada nesta sexta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o volume de serviços acumulou queda de 1,8% no ano. O acumulado nos últimos doze meses também ficou negativo (-2,4%) em fevereiro de 2018.

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Economistas afirmam que a retomada do segmento ainda deve prosseguir de forma bem modesta. A expectativa para o setor medida pelo Projeções Broadcast ia de queda de 0,80% a alta de 0,90%, com mediana de 0,2%

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Ainda que seja um desempenho um pouco mais favorável que a queda de 1,9% de janeiro, os analistas afirmam que a recuperação prossegue fraca, pois os condicionantes do consumo também continuam fragilizados. Exemplo atual dessa percepção foram as vendas do varejo de fevereiro, que decepcionaram boa parte do mercado.

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“Depois do resultado de janeiro, o ímpeto em relação à retomada de serviços diminuiu. As vendas do varejo corroboram essa estimativa”, afirma o economista Vitor Velho, da LCA Consultores.

“Serviços prestados estão correlacionados à PMC. O canal de crédito ainda não está dando sinal forte de melhora. O Banco Central vem atuando para tentar diminuir os spread (diferencial entre taxas de captação e aplicação de recursos), mas o juro para o consumidor segue elevado, assim como o desemprego”, explica Velho.

O próprio IBGE já havia reconhecido que o volume de serviços ainda não esboça reação. Segundo o gerente da pesquisa no instituto, Rodrigo Lobo, para que isso aconteça é preciso recuperação mais consistente do comércio, da indústria, do consumo das famílias e do mercado de trabalho.

Setores

O setor de serviços registrou quedas disseminadas entre as atividades pesquisadas na passagem de janeiro para fevereiro, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE. O único segmento a escapar do vermelho foi o de serviços profissionais e administrativos, que avançou 1,7% em fevereiro ante janeiro.

“Foram os Serviços profissionais que sustentaram sozinhos essa alta de 0,1% na média global em fevereiro ante janeiro”, apontou Rodrigo Lobo.

Entre os serviços mais pesados dentro dessa categoria de serviços profissionais estão os relacionados a segurança, limpeza, meios de pagamento, engenharia e atividades jurídicas. “No mês passado, essa atividade tinha recuado 2,3%, então essa alta não recupera a perda anterior. Essa atividade, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, recua há 35 meses”, ponderou Lobo.

Os serviços prestados às famílias recuaram 0,8% em fevereiro ante janeiro; os serviços de informação e comunicação caíram 0,6%; transportes e correio tiveram uma perda de 0,3%; e o segmento de outros serviços diminuiu 0,7%.

Já o agregado especial das Atividades turísticas apresentou uma queda de 4,0% na passagem de janeiro para fevereiro.