O setor de serviços no País reunia 958.290 empresas em 2006, que empregavam cerca de 8,2 milhões de pessoas e geravam salários, retiradas e outras remunerações no total de R$ 95,1 bilhões. Os números são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE, divulgada nesta quarta-feira (30), e não incluem os serviços financeiros. A receita operacional líquida obtida por essas empresas somou R$ 501,1 bilhões, com valor adicionado no Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 278,2 bilhões.

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Os serviços de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios geraram a maior receita operacional líquida do setor (R$ 149,7 bilhões) em 2006, enquanto o segmento de serviços prestados às empresas (que tem crescido com a terceirização) obteve a maior participação no valor adicionado (R$ 80,3 bilhões). Os serviços prestados às empresas foram o principal segmento, em termos de pessoal ocupado (3 milhões de pessoas) e salários, retiradas e outras remunerações (R$ 31,6 bilhões).

A PAS revela, também, que entre os anos de 2000 e 2006, a participação das grandes empresas no total do PIB do setor de serviços não-financeiros aumentou, passando de 48,5% para 50,7%, “impulsionadas pelo crescimento no segmento de serviços prestados às empresas”. Dentro deste segmento, a atividade de seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra temporária apresentou as elevações mais expressivas dentre as grandes empresas.

A pesquisa mostra que no segmento de serviços de informação, as atividades de informática destacaram-se com a maior participação no número de empresas (81,7%), pessoal ocupado (63,3%) e salários, retiradas e outras remunerações (55,4%). Por sua vez, telecomunicações, com uma receita operacional líquida de R$ 88,8 bilhões, em 2006, foi a atividade com maior participação na receita do segmento (61,7%).

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Os serviços de informação também se destacaram com 38 pessoas ocupadas por empresa, contra nove para o total das atividades de serviços de informação e salário médio (9,8 salários mínimos), enquanto para o segmento total dos serviços de informação o salário médio foi de 6,3 salários mínimos

No segmento de serviços prestados às empresas, obtiveram destaque os serviços técnico-profissionais, em 2006, na geração de receita operacional líquida (R$ 51,8 bilhões ou 48,2%) e no número de empresas (53,4%). Segundo o IBGE, esses serviços ainda tiveram participação relevante nos salários, retiradas e outras remunerações (34,6%). Os serviços de limpeza em prédios e domicílios destacaram-se em pessoal ocupado (1,4 milhão de pessoas ou 47,1% do total dos serviços prestados às empresas), e em salários, retiradas e outras remunerações (R$ 11,2 bilhões ou 35,3%).

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A pesquisa mostra ainda que, em 2006, atuavam no País cerca de 3.206 empresas do setor de serviços de investigação (também parte de serviços prestados às empresas), segurança, vigilância e transporte de valores, que geraram receita operacional líquida de R$ 11,4 bilhões e empregaram cerca de 463 mil pessoas. Com uma média de 145 pessoas ocupadas por empresa, estas empresas eram as maiores do segmento de serviços prestados às empresas, seguidas por serviços de agenciamento e locação de mão-de-obra temporária (107 pessoas ocupadas por empresa).

Os serviços técnico-profissionais (consultorias, agências de publicidade, escritórios de advocacia e contabilidade, serviços de engenharia e arquitetura) destacaram-se com o maior salário médio mensal (4,6 salários mínimos).