O déficit na balança comercial de produtos químicos cresceu 24,7% no acumulado do ano até outubro ante o mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 24,5 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). No período, as importações atingiram US$ 35,8 bilhões, desempenho 15,9% superior ao informado em igual período do ano anterior, enquanto as exportações somaram US$ 11,3 bilhões, com leve alta de 0,5%.
O resultado dos primeiros 10 meses do ano já supera o déficit de US$ 23,4 bilhões informado no ano de 2017. Pelos cálculos da Abiquim, até o final do ano o déficit deve superar US$ 29,1 bilhões, ficando abaixo apenas dos déficits registrados em 2013 (US$ 32 bilhões) e 2014 (US$ 31,2 bilhões).
Entre janeiro e outubro, os intermediários para fertilizantes permaneceram como o principal item da pauta de importações químicas, respondendo por 16,3% do total das importações em valor e por 58,7% das quantidades importadas. Até outubro, as compras desses produtos somaram US$ 5,8 bilhões, com expansão de 11,4% no comparativo anual.
Segundo a entidade, até dezembro, as importações deverão atingir US$ 43 bilhões e as vendas externas, US$ 13,9 bilhões, com expansão de 15,7% e de 1,7% em relação ao ano de 2017, respectivamente. Em volume, por sua vez, as importações devem somar 43,2 milhões de toneladas em 2018, indicando leve acréscimo de 0,4% na mesma base de comparação, enquanto as exportações devem atingir 14,1 milhões de toneladas, com forte declínio de 14,9%.