O novo ministro de Recursos Naturais e Energia da Austrália, Josh Frydenberg, afirmou estar otimista com a perspectiva para o futuro do setor de mineração do país, apesar da queda nos preços e da ampliação dos esforços entre importantes nações, como a China, para combater a mudança climática reduzindo as emissões de poluentes geradas por combustíveis fósseis.

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Nomeado para o posto na semana passada pelo primeiro-ministro Malcolm Turnbull, Frydenberg disse estar confiante de que haverá um grande interesse pelo carvão de alta qualidade e pelo gás natural liquefeito produzidos há décadas pela Austrália, apesar da competição com tecnologias mais limpas para produção de energia solar e eólica.

O ministro disse estar otimista com o setor de energias renováveis. Segundo ele, há oportunidades para investimentos nesses setores. Além disso, a autoridade previu que aumente a demanda pelos recursos naturais e do setor de energia do país.

Na semana passada, China e EUA anunciaram medidas para combater a mudança climática, incluindo um compromisso de Pequim para lançar um comércio de compensação de emissões até 2017. A Índia, nesta semana, anunciou que espera estabelecer uma meta ambiciosa, de ter uma matriz energética com até 40% de energia renovável até 2040, além de cortar 35% de suas emissões até 2030, na comparação com os níveis de 2005.

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A Austrália é um dos maiores emissores de gases causadores do efeito estufa per capita, devido a sua dependência do carvão para obter boa parte de sua eletricidade. O país também estabeleceu uma meta de cortar emissões em entre 26% e 28% até 2030, na comparação com o nível de 2005.

No ano passado, porém, o governo australiano acabou com um sistema de cobranças de emissões de carbono e recuou de uma meta de geração de energia renovável, passando-a de 41 mil gigawatts hora para 33 gigawatts hora, argumentando que a meta anterior imporia um fardo muito grande em uma economia de 1,6 trilhão de dólares australianos (US$ 1,1 trilhão) que luta para se ajustar ao fim do boom da mineração.

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As importantes mineradoras do país já estão sob pressão por causa da desaceleração chinesa e pela queda nos preços das commodities, inclusive do carvão e do minério de ferro. Os gastos de exploração no setor de minerais e petróleo recuou 6,7% no ano passado no país, segundo relatório de abril divulgado pelo governo. O número de projetos do setor de recursos naturais em fase de estudos de viabilidade recuou para 180 em abril, de 305 em abril de 2011, quando os preços das commodities estavam em seu pico. Segundo o ministro, o país quer encorajar os investimentos do exterior, considerados por ele “absolutamente cruciais para o desenvolvimento do setor de recursos naturais” australiano. Fonte: Dow Jones Newswires.