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Empresários ligados à cadeia produtiva da mandioca de Paranavaí podem constituir mais um Arranjo Produtivo Local (APL), apoiado pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Hoje e amanhã, consultores do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), instituição do Sistema Fiep que presta consultoria especializada aos APLs, realiza o primeiro planejamento estratégico, visando a prospecção do mercado e a organização do setor.

O APL é caracterizado pela concentração geográfica de um grupo de empresas de um mesmo ramo de atividade, ou de áreas complementares, que cooperam entre si. "O Paraná está no caminho certo e está avançando nesta modalidade de organização do setor produtivo", destaca Gina Paladino, diretora executiva do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Atualmente, o Paraná é o principal pólo de industrialização de mandioca, contribuindo com 70% da fécula (amido de mandioca) produzida no Brasil. As maiores produções do produto in natura para a indústria encontram-se nas regiões de Paranavaí (21,8%), Umuarama (18,4%) e Toledo (18,2%).

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Neste ano, apenas com a comercialização da raiz, in natura, o setor movimentou R$ 200 milhões. O APL da Mandioca congrega aproximadamente 14 indústrias de féculas (nativa ou modificada) e em torno de 64 indústrias de farinha de mandioca e de polvilho azedo. Conta também com a mais completa indústria processadora de mandioca do País, incluindo uma refinaria capaz de extrair glucose da raiz. São gerados em torno de 1.500 empregos diretos na indústria de derivados da mandioca, sendo que, para cada emprego industrial são criados quatro empregos na lavoura.

Claodemir Grolli, do Centro de Tecnologia da Mandioca, entidade sustentada pelo setor, informa que a intenção é estabelecer um equilíbrio econômico para todo o segmento. Ele afirma que uma das metas do planejamento é estabelecer ações que visem o crescimento econômico e mantenham a sustentabilidade da cadeia da mandioca.

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Uma das propostas é criar novos produtos, ampliar o mercado interno e buscar negócios no exterior. Recentemente, industriais da região foram à Tailândia, maior exportadora do produto, que vende mandioca industrializada para ração.

Grolli considera que milhares de toneladas de mandioca, hoje transformadas em farinha, polvilho e subprodutos industriais, podem servir de base para a produção de creme dental, tecelagem, celulose, essências e componentes para alimentos.

O evento acontece hoje e amanhã, na Casa do Veterinário, localizada na Av. Tancredo Neves, n.º 4.208. Os interessados podem se inscrever pelos telefones: (44) 422-8217 ou (44) 446-6699.