O leasing cresce de forma rápida no Brasil e atrai o interesse estrangeiro. O valor total da carteira das empresas de leasing no País passou de R$ 23,931 bilhões para R$ 37,535 bilhões de março de 2006 para igual mês deste ano, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel). O resultado representa uma expansão de aproximadamente 57% no período.

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Na América Latina, o setor avança liderado pelo movimento no Brasil que responde pela maior parte de leasing na região, de acordo com a consultoria internacional especializada em arrendamento mercantil The Alta Group.

Novas empresas do setor visitam o País para examinar o potencial do mercado aqui, disse à Agência Estado o especialista Arnaldo Pieruccini, do The Alta Group. De acordo com ele, há interesse nesse sentido por parte de empresas financeiras ligadas a fabricantes de equipamentos e também por companhias especializadas no financiamento de máquinas para construção pesada e para o setor de tecnologia de informação (TI).

De acordo com dados da consultoria, os ativos das empresas de leasing no Brasil quase dobraram de 2004 para 2005, quando atingiram US$ 10,213 bilhões. Ele observa que de 2004 para 2005, os ativos das empresas do setor praticamente duplicaram em dólar atingindo US$ 10,213 bilhões também. Em março deste ano, pelos dados da Abel, já estariam em US$ 18,309 bilhões.

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Crescimento

Mesmo com essa expansão, "o espaço para o setor crescer no Brasil é grande", disse Pieruccini. A estabilidade e a redução dos juros são motivos para isso, mas há também outros fatores. Um deles é que no setor de leasing os veículos representam cerca de 80% do arrendamento mercantil, que ainda é pouco usado em outros tipos de operação. "Há um espaço enorme para financiar máquinas e equipamentos", acredita Pieruccini.

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O dólar desvalorizado favorece este processo por deixar relativamente mais baixa a contratação de leasing de máquinas e equipamentos do exterior. "O dólar barato incentiva a renovação do parque industrial e o leasing tem sido uma opção bem utilizada por exportadores, que necessitam de atualização rápida para competir e encontram no leasing uma forma de diminuir a necessidade de capital próprio", disse.