O setor de alimentos lidera o movimento de fusões e aquisições no Brasil em 2009, de acordo com levantamento da consultoria PricewaterhouseCoopers. Os dados consideram apenas os negócios feitos entre janeiro e agosto deste ano, ou seja, excluem a compra da Seara pelo Marfrig e a fusão JBS Friboi-Bertin.
As indústrias de alimentos responderam por 38 operações, ou pouco mais de 10% das 378 fusões ou aquisições realizadas em 2009 no País, seguidas pelos setores de tecnologia da informação, com 35, (9%) e financeiro, 31 (8%).
Mesmo com uma queda de 18% no volume deste tipo de operação no País nos primeiros oito meses de 2009, ante igual período de 2008, a PricewaterhouseCoopers apurou um aumento nas fusões e aquisições em agosto em comparação ao mesmo mês do ano passado: 55 negócios contra 54.
De acordo com a consultoria, a curva crescente dessas operações pode fazer com que o número total em 2009 seja semelhante ao de 2008, quando 642 acordos foram firmados no País.
A PricewaterhouseCoopers destaca ainda a presença de empresas de capital aberto nas fusões e aquisições, com uma participação de 46% nos negócios no primeiro semestre de 2009, porcentual praticamente estável iguais períodos de 2007 e 2008.
Segundo a consultoria, a facilidade de essas companhias obterem recursos e a participação ativa de investidores financeiros (private equity) ajudaram a alavancar essas operações.
O levantamento apontou também que as companhias nacionais seguem na liderança dos processos de fusões de aquisições no Brasil, com 60% das operações contra 40% das estrangeiras.
Os dados da PricewaterhouseCoopers revelam também que 54% das transações foram aquisições nas quais o comprador obtém o controle da empresa e 29% foram compras de participações minoritárias. Fusões e Joint ventures foram responsáveis por 6% cada dos negócios, seguidas de incorporações (4%) e cisões (1%).