O presidente da Anfavea, Antonio Megale, evitou nesta quarta-feira, 6, comentar a situação da GM, que ameaçou deixar de produzir no a Brasil, caso não voltasse a ter lucro em 2019. Ele ressaltou, porém, que o período entre 2013 e 2016, marcado por fortes quedas na venda de veículos no País, “impactou muito” a rentabilidade das empresas.
Em contrapartida, Megale disse que, a partir de uma visão do setor como um todo, a percepção é de “aposta no Brasil”. “Poucos mercados do mundo crescem como o nosso, com taxas de dois dígitos”, disse. “O mercado brasileiro tem muito potencial e pode chegar a 4 milhões de unidades antes da metade da próxima década”, acrescentou. No ano passado, as vendas somaram 2,56 milhões.
A GM, líder de mercado no Brasil, afirma que está registrando prejuízo há três anos, embora não divulgue os números. Para melhorar os resultados, busca reduzir custos trabalhistas e negocia com o governo do Estado de São Paulo a antecipação de créditos do ICMS.
Para Megale, a questão do ICMS é um tema que precisa ser resolvido e para o qual a Anfavea tem discutido algumas alternativas com o governo, para tornar a devolução mais rápida e mais flexível.