Os preços de sete dos nove grupos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desaceleraram em novembro, contribuindo para que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subisse 0,38%, menos do que a alta de 0,48% observada em outubro. Apesar disso, um conjunto de sete itens respondeu, sozinho, por mais da metade do aumento deste mês.

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Entre os grupos que perderam força na passagem do mês estão Alimentação e Bebidas (0,69% para 0,59%), Habitação (0,80% para 0,56%), Transportes (0,25% para 0,20%), Vestuário (0,70% para 0,42%), Despesas Pessoais (0,40% para 0,37%) e Comunicação (0,00% para -0,21%).

No grupo Saúde e Cuidados Pessoais, o alívio foi pequeno (0,37% para 0,36%). O item plano de saúde subiu 0,77% neste mês e teve um impacto individual de 0,03 ponto porcentual no IPCA-15. Por outro lado, aceleraram os grupos Artigos de Residência (0,13% para 0,31%) e Educação (0,08% para 0,18%).

Mesmo diante da desaceleração na inflação, sete itens responderam por 61% do aumento do IPCA-15 de novembro, ou 0,23 ponto porcentual. Segundo o IBGE, esses impactos vieram de carnes (1,90%), frutas (2,80%), energia elétrica (1,17%), aluguel (0,62%), gasolina (0,68%), conserto de automóvel (1,68%) e plano de saúde. Todos adicionaram individualmente 0,03 pp à inflação, à exceção das carnes, que tiveram impacto de 0,05 ponto porcentual.

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Regiões

Cinco das 11 regiões tiveram aumentos mais salgados do IPCA-15 do que a média nacional, segundo o IBGE. O maior deles foi registrado em Goiânia, onde o índice avançou 0,77%.

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Os combustíveis foram os grandes responsáveis por colocar Goiânia no topo da lista. Com alta de 6,77%, eles adicionaram 0,44 ponto porcentual no índice da região em novembro. Segundo o IBGE, a gasolina ficou 6,72% mais cara, enquanto o etanol avançou 10,38%.

Também ficaram acima da média nacional as regiões de Belém (0,66%), Porto Alegre (0,53%), Fortaleza (0,49%) e Recife (0,39%). Na região metropolitana de São Paulo, que responde por quase um terço do IPCA-15, a alta foi igual à média (0,38%). Ficaram abaixo desse resultado Belo Horizonte (0,37%), Curitiba (0,28%), Rio de Janeiro (0,25%) e Salvador (0,18%).

A cidade de Brasília registrou o menor resultado para o IPCA-15 de novembro (0,15%). Segundo o IBGE, as passagens aéreas ficaram 6,50% mais baratas por lá, o que teve um impacto de -0,14 ponto porcentual.