A desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) em julho foi acompanhada por sete dos nove grupos pesquisados, informou nesta quarta-feira, 22, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas Habitação e Comunicação ganharam força este mês, segundo o órgão. No geral, o IPCA-15 subiu 0,59% neste mês, ante 0,99% em junho.
Na Comunicação, a alta que era de 0,08% no mês passado passou a 0,59% no IPCA-15 de julho. Segundo o IBGE, os serviços de telefonia fixa ficaram 1,28% mais caros, enquanto as tarifas de telefone móvel aumentaram 0,83% neste mês.
Na Habitação (1,03% para 1,15%), pesaram os aumentos de 1,91% nas tarifas de energia elétrica e de 4,10% na taxa de água e esgoto.
No sentido contrário, desaceleraram Alimentação e Bebidas (1,21% para 0,64%), Transportes (0,85% para 0,14%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,87% para 0,80%), Despesas Pessoais (1,79% para 0,83%), Vestuário (0,68% para -0,06%) e Educação (0,18% para 0,10%).
O grupo Artigos de Residência também perdeu força, de 0,69% em junho para 0,47% no IPCA-15 de julho. Apesar disso, pressões foram exercidas pelas roupas de cama, mesa e banho (1,26%), pelos utensílios e enfeites (1,13%) e pelos serviços de conserto de móveis e aparelhos domésticos (1,10%).
O avanço dos preços no grupo Transportes perdeu força no IPCA-15 de julho. Após um aumento de 0,85% em junho, a categoria registrou alta de 0,14% neste mês. Contribuíram para esse movimento os comportamentos de passagens aéreas, gasolina e etanol, apontou o órgão.
Segundo o IBGE, as passagens aéreas subiram 0,91% em julho, um resultado bem aquém do verificado no IPCA-15 de junho (29,54%). Além disso, a gasolina, responsável por parcela “significativa” da despesa das famílias, ficou 0,47% mais barata no período. A queda foi ainda mais intensa no preço por litro do etanol, de -2,03% neste mês.