Professores e servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Cefet-PR devem paralisar suas atividades hoje e amanhã, em protesto contra a reforma da Previdência enviado ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caso o governo federal não retire a proposta de reforma do Congresso, não está descartada a realização de greve a partir de junho.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da UFPR (Sinditest-PR), Antônio Neris, a princípio, apenas os servidores do ensino público federal devem parar hoje. Para amanhã, está prevista realização de ato público na Praça Santos Andrade, às 10h, com a participação de servidores do INSS, IBGE, Justiça Federal, Justiça do Trabalho, entre outros. “A reforma da Previdência, como está sendo imposta, não podemos aceitar”, diz Neris. Segundo ele, o aumento da idade mínima para a aposentadoria e a taxação de inativos são os principais itens de descontentamento.
A professora Milena Martinez, membro da Associação dos Professores da UFPR (APUFPR) explica que a criação de teto é outro ponto desfavorável. “O teto acaba levando à discussão de fundo de pensão. Entendemos, no entanto, que a previdência não pode ser em seguridade social. Não é um seguro social, mas uma repartição que tem que ser solidária para todos os servidores”, defende Milena. A elevação da idade mínima para aposentadoria, de 53 para 60 anos para homens, e de 48 para 55 anos para mulheres também é motivo de insatisfação.