Desde ontem, as unidades da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE-PR), ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego, estão operando com cerca de metade de sua capacidade.
É que os servidores administrativos do órgão no Estado aderiram à paralisação nacional da categoria, com o objetivo principal de obter um novo plano de carreira.
Com a greve, serviços como a emissão de carteira de trabalho e recursos do seguro-desemprego, entre outros, estão paralisados ou funcionam precariamente nos postos do Ministério.
Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs-PR), Gilberto Félix da Silva Júnior, cidadãos que precisam de alguns serviços podem procurar alternativas.
A primeira via da carteira de trabalho, por exemplo, pode ser solicitada, em Curitiba, nas Ruas da Cidadania. Já as Agências do Trabalhador têm condições de receber pedidos de seguro-desemprego.
A SRTE-PR informou, através de sua assessoria de imprensa, que só na unidade de Curitiba cerca de 170 senhas são distribuídas diariamente, sendo aproximadamente metade para solicitações de carteira de trabalho e outra metade para seguro-desemprego serviços que estão prejudicados pela greve.
A assessoria lembrou, no entanto, que alguns braços da Superintendência funcionam normalmente, como, por exemplo, o de auditoria fiscal. Silva Júnior afirma que tem consciência de que a população está sendo prejudicada pela paralisação, mas lembra que o prejuízo já acontece diariamente devido às condições precárias de trabalho do órgão.
Além do plano de carreira, os servidores pedem a manutenção da jornada de trabalho com atendimento de 12 horas, em dois turnos de seis horas, e a convocação de todos os aprovados no último concurso público. “Só em Curitiba, o Ministério demitiu 60 terceirizados e contratou 20 efetivos para fazerem o mesmo trabalho”, ressalta.
Além das emissões de carteira de trabalho e recursos do seguro-desemprego, também não estão funcionando, de acordo com o Sindprevs-PR, o protocolo de documentos e o setor de relações de trabalho, que efetua homologações e conciliações.
No restante do Estado trabalham mais cerca de 200 servidores, nas gerências de Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Cascavel. A greve, no Interior, tem adesão de aproximadamente 50%. No País, a paralisação atinge 16 estados.