A greve dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego do Paraná está completando, hoje, um mês de duração. Os trabalhadores – que totalizam cerca de duzentas pessoas em todo Estado – cruzaram os braços devido à falta de proposta do Governo Federal a reivindicações apresentadas no decorrer do ano passado.

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Entre novembro e dezembro de 2009, os servidores realizaram uma paralisação de 45 dias, que foi suspensa porque o governo se propôs a negociar com a categoria.

Porém, as negociações se encerraram no último dia 8 de março, sem que os trabalhadores tivessem conquistado qualquer avanço. Em função disso, resolveram cruzar os braços novamente em 6 de abril.

No Estado, segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs), Ruy João dos Santos, a greve conta com a adesão de cerca de 70% dos servidores.

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Em Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, Foz do Iguaçu, Apucarana e alguns municípios menores, o atendimento nas unidades do Ministério do Trabalho está acontecendo de forma bastante reduzida.

“Foram afetados os serviços de emissão e entrega de carteira de trabalho, entrada de seguro-desemprego e homologações de rescisões de contrato de trabalho, que continuam sendo realizados apenas em agências do trabalhador e sindicatos conveniados”, comenta Ruy. No total, servidores do Ministério do Trabalho estão parados em dezesseis estados, informa.

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O diretor do Sindprevs se diz ciente dos transtornos que a paralisação gera à população. Porém, afirma que os servidores não podem voltar a trabalhar sem que o Governo Federal lhes apresente proposta.

“O governo, através do Ministério do Planejamento, nos chamou para negociar, mas disse que não tem nada a nos oferecer. Isso não é negociação”, declara. “O governo inclusive disse que iria descontar R$ 300,00 do salário de cada servidor em greve. Porém, no último dia 30, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) nos concedeu uma liminar proibindo que o desconto fosse realizado, considerando nossa greve legal”.