À exceção dos auditores, os cerca de 200 servidores do Ministério do Trabalho e Emprego no Paraná devem aderir à paralisação de 48 horas que a categoria promove a partir de hoje.
Entre uma série de reivindicações, os servidores querem a implementação de um novo plano de cargos e salários, além da equiparação salarial com outros setores da esfera federal, como os servidores do INSS.
Com a paralisação, poderão ser afetados os serviços de expedição de documentos, como a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), além de outras homologações e mediações trabalhistas.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Paraná (Sindprevs), pelo menos 20 estados devem aderir à paralisação.
Além do plano de carreira, os manifestantes querem a contratação de novos servidores, melhores condições de trabalho e a criação de uma nova jornada de trabalho com atendimento ao público de 12 horas, com os servidores divididos em dois turnos.
De acordo com o diretor de Organização do Sindprevs, Ruy Santos, os servidores deverão aguardar uma nova negociação com o Ministério do Planejamento, que segundo ele, poderia atender às reivindicações. Caso não haja respostas do ministério, a categoria deve promover uma nova greve a partir do dia 6 de abril.
Santos conta que a paralisação foi decidida depois que representantes dos servidores se reuniram com negociadores do Ministério do Planejamento no último dia 8, em Brasília. “Os negociadores disseram que o governo não tinha nada para nos apresentar. Isso causou decepção e revolta em toda a categoria”, afirmou.
A última greve realizada pelos servidores do Ministério do Trabalho durou 40 dias, sendo suspensa no dia 15 de dezembro do ano passado. “Perdemos aquela greve porque o governo sinalizou que abriria negociação. Negociação que só serviu para ouvirmos que o governo não tem nada para oferecer”, lamenta.
Segundo o servidor Gilberto Félix, o salário médio inicial para cargos administrativos de nível médio do Ministério do Trabalho gira em torno de R$ 1,2 mil. “Temos o pior salário entre os servidores públicos federais. É o esgoto do serviço público”, afirma.
A assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento informou que o órgão não deve se pronunciar por ora. Já a assessoria do Ministério do Trabalho informou que desconhecia a informação de que haveria uma nova paralisação.