Servidores do INSS seguem em greve

A greve dos servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), entrou ontem em sua terceira semana, ainda sem perspectivas de acordo e com números divergentes sobre a adesão ao movimento.

Enquanto o órgão diz que apenas 8% dos servidores estariam em greve, os grevistas alegam que a paralisação atinge 60% do quadro paranaense. Pelo menos uma agência a de São José dos Pinhais está atendendo somente perícias médicas agendadas.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Estado do Paraná (Sindiprevs-PR), aderiram ao movimento grevista seis agências de Curitiba, duas de Londrina e as agências de São José dos Pinhais, Maringá, Campo Mourão, Cascavel, Foz do Iguaçu e Guarapuava.

Já a assessoria de imprensa do INSS informa que a adesão no Estado não passa de 8%, com quatro agências parcialmente paralisadas (de um total de 52), e apenas a de São José dos Pinhais atendendo somente com agendamento.

Os servidores que estão em greve desde o último dia 16 fizeram uma manifestação, ontem de manhã, em frente à agência da Previdência Social da rua XV de Novembro, em Curitiba.

O ato, comandado pelo Sindiprevs-PR, teve como objetivo conscientizar a população sobre os motivos da paralisação. “Reivindicamos a manutenção da nossa jornada de trabalho em trinta horas semanais, sendo seis horas diárias. Não temos condições para fazer quarenta horas (oito horas diárias), como o governo federal está nos impondo”, esclareceu a diretora jurídica do Sindicato, Jaqueline Mendes de Gusmão.

Para garantir um melhor atendimento aos usuários, os grevistas querem que o governo federal contrate pessoas aprovadas em concurso público do INSS realizado no ano passado.

Além disso, pedem a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para que as contas da Previdência Social sejam abertas à população. “Estamos fazendo um abaixo-assinado e esperamos coletar, em todo Brasil, um milhão de assinaturas para a realização da CPI”, informou Gusmão.

Apesar das decisões a respeito da continuidade ou não da greve acontecerem regionalmente, as negociações predominantemente ocorrem em âmbito nacional. Na próxima sexta-feira (3 de julho), representantes dos servidores do INSS devem ter uma audiência com integrantes do Ministério da Previdência, em Florianópolis (SC). Para o mesmo dia, está agendada uma audiência das lideranças nacionais da greve, com o ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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