Servidores do INSS anunciam greve

A mudança da jornada de trabalho de seis para oito horas diárias foi o principal motivo alegado pelos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do Paraná, para decidir em favor de um indicativo de greve, por tempo indeterminado, a partir da segunda quinzena do mês.

A assembleia aconteceu no último sábado (30 de maio), dois dias antes dos trabalhadores iniciarem os trabalhos no novo horário. Hoje, uma reunião em Brasília, entre dirigentes da Previdência e dos sindicatos regionais, poderá definir o futuro da greve.

Conforme a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Paraná (SindPrevsPR), Jaqueline Mendes de Gusmão, “ninguém aguenta” mais duas horas de atendimento ininterrupto.

A orientação da entidade é para os servidores não cumprirem a nova jornada, nem assinarem documentos concordando com redução de salário. Porém, a dirigente admite que nem todos atendem ao pedido. “Alguns resistem, porque estão com receio de terem desconto no salário”, afirma.

Segundo Gusmão, os sindicatos regionais estão sugerindo que o INSS abra as agências por 12 horas seguidas. “Assim, dividiríamos os poucos servidores em dois turnos de seis horas. Não queremos prejudicar a população, de jeito nenhum”, ressalta.

A dirigente sindical reclama, ainda, das cobranças exageradas por produtividade. Ela alega que os trabalhadores da Previdência estão “no limite físico e psicológico”.

O INSS ainda não se manifestou oficialmente sobre a possível greve. Sobre o aumento da jornada, o Instituto afirma que foi determinado para cumprir a legislação, que obriga aos servidores federais o cumprimento de 40 horas semanais.

No entanto, o Sindicato rebate o argumento, alegando que, nos casos de atendimentos em turnos ininterruptos, há normas que permitem a adoção de 30 horas de trabalho por semana.

Caixa

A paralisação dos advogados, engenheiros e arquitetos da Caixa Econômica Federal entrou ontem em seu 36.º dia. Segundo o advogado Jayme de Azevedo Lima, representante da Associação Nacional dos Advogados da Caixa em Curitiba, a greve está gerando impacto no programa Minha Casa, Minha Vida e em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Todas as contratações e medições estão paradas”, conta Lima. Esta semana, segundo ele, uma audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, deverá definir a questão: ou termina em acordo, ou o caso irá a julgamento.

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