Representes dos sindicatos dos servidores do quadro próprio do Poder Executivo de Curitiba e interior do Estado voltaram a se reunir, ontem, para discutir as estratégias da pauta de negociações com o governo. Os trabalhadores, que fizeram na semana passada uma paralisação de alerta, não descartam uma greve por tempo indeterminado, caso não tenham parte das reivindicações atendidas. Depois da reunião, os servidores foram até a Assembléia Legislativa para conversar com os deputados e pedir apoio à pauta.
Entre os itens pleiteados pelos servidores do quadro próprio – que são os servidores estaduais de carreira que prestam serviços em órgãos e autarquias em todo o Paraná, e somam 46 mil trabalhadores entre ativos e aposentados – está a revisão da tabela salarial. Segundo o presidente do SindiSeab (que representa os servidores do Meio Ambiente, Agricultura, Fundepar e Imprensa Oficial), Roberto de Andrade e Silva, desde agosto de 1995 a categoria não recebe reajuste. ?De agosto de 95 até dezembro de 2002 as perdas acumuladas eram de 84%, e nesse atual governo já chega a 25%?, falou.
Outra reivindicação da categoria é a incorporação de abonos e gratificações. Silva destaca que o grande prejuízo desses pagamentos é que eles não fazem parte dos vencimentos, e por isso, não contam na aposentadoria. A categoria pede ainda a realização de concurso público para a contratação de pessoal, e redução de cargos comissionados, gratificados e estagiários. O presidente do SindSeab destacou que, por enquanto, só tiveram promessas de ?estudos? sobre a pauta de reivindicação. Mas alertou: ? se não tivermos nenhuma decisão prática, vamos radicalizar e paralisar por tempo indeterminado?.
