Brasília – O Orçamento de 2004 e o Plano Plurianual 2004-2007 não reservam boas notícias para o funcionalismo público: os recursos provisionados pelo governo para o reajuste geral dos servidores civis garante aumento de no máximo 3,5% no próximo ano, abaixo da inflação. E as projeções dos anos seguintes afastam qualquer possibilidade de recuperação salarial como foi prometido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha eleitoral.
Em 2004, o Orçamento destina R$ 1,53 bilhão para a correção salarial, apenas R$ 500 milhões a mais do que o valor utilizado neste ano para o reajuste linear de 1% com mais um abono de R$ 60. E até 2007, de acordo com o PPA, as despesas com pessoal da União devem cair de 4,82% do Produto Interno Bruto (PIB) para 4,31%.
Contratações
A única sinalização positiva do Orçamento para o funcionalismo é a contratação de 41.080 novos servidores para diversas áreas e para substituir terceirizados. A carreira mais beneficiada é a da Seguridade Social e Trabalho e Educação e Esportes, que deve ganhar 16.822 funcionários novos.
O governo também planeja contratar 3.433 servidores na área de reforma agrária para tocar adiante seu ousado projeto de recuperar os assentamentos. Mas para isso não é preciso aumentar o que a população paga.